Nepotismo direto e cruzado, excesso de funcionários requisitados de outros poderes, falta de juízes e servidores e ainda gastos excessivos com diárias. Essas foram apenas algumas das denúncias e críticas apresentadas por cidadãos e representantes de entidades, que se manifestaram em relação à Justiça paraibana, nesta quinta-feira (28/05), durante audiência pública promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em João Pessoa (PB). No total, foram 56 pessoas inscritas para falar na audiência, acompanhada por aproximadamente 450 pessoas, entre as quais representantes de 21 entidades relacionadas ao poder Judiciário que apresentaram insatisfações ao corregedor nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp.
Em uma apresentação que arrancou aplausos dos presentes, o presidente da Associação dos Técnicos e Analistas judiciários da Paraíba, Françualdo da Silva, criticou a existência de 1.022 servidores requisitados de outros poderes para trabalhar no Judiciário paraibano, o que gera um gasto mensal de R$ 700 mil aos cofres do Tribunal. “Queremos que essas pessoas sejam devolvidas para que o dinheiro possa ser aplicado em funcionários do quadro ou na contratação de novos servidores concursados”, salientou o presidente da ASTAJPB.
O oficial de justiça Marcelo de Melo levou ao ministro denúncias sobre a existência de pelo menos 28 casos de nepotismo direto ou cruzado nas unidades judiciárias da Paraíba, em que as pessoas contratadas ocupam cargos de chefia comissionados. O presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça do Estado, Jeovan Cordeiro de Morais, por sua vez, reclamou do excesso de diárias pagas a magistrados e funcionários, as quais, segundo ele, atingiram R$ 1 milhão em 2008, assim como do pagamento à juízes de elevados montantes referentes à conversão de férias antigas em dinheiro .
sexta-feira, 29 de maio de 2009
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